domingo, 16 de junho de 2013

Juventude vs experiência: o desafio no local de trabalho

Muito tem sido dito sobre o envelhecimento da população, um problema que é mais grave no Japão, onde as pessoas com mais de 65 anos representam 25% da população, e pode ser responsável por 40% em 2060. No outro extremo está o problema igualmente agravante em países como a Espanha, onde 55% dos jovens estão fora do Mercado de trabalho. Então o que podemos fazer para acomodar os trabalhadores mais velhos e oferecer oportunidades para os recém graduados ou aqueles que abandonaram a escola? Vamos começar com os de mais idade, que também chamamos de sênior. No nível da diretoria, acima de tudo, a experiência é muito importante. Nestas posições é bom ter pessoas que testemunharam o fracasso, bem como o sucesso, e que compreendem as razões dos dois resultados. As pessoas mais velhas também têm outras vantagens. A japonesa Komatsu, fabricante de equipamentos de construção, afirma recontratar 90% dos seus aposentados – e não me surpreende: eles estão preparados para trabalhar por 40% a menos do que seus equivalentes que tem menos de 65 anos! Mas apesar de todos os fatores que favorecem os trabalhadores mais velhos, eles ainda sofrem preconceito generalizado, especialmente em economias atingidas pela recessão. No outro extremo do espectro de idade, os jovens são geralmente energético e com vontade de aprender. Eles também são muito mais hábeis em usar a TI e as mídias sociais, que criam novas oportunidades de negócios todos os dias. No entanto, a Organização Internacional do Trabalho alerta para uma geração prejudicada de jovens trabalhadores que estão ou desempregados ou são obrigados a trabalhar indevidamente por baixos salários. Na África, o Banco Mundial estima que mais 100 milhões de postos de trabalho devem ser criados até 2020 apenas para manter os atuais níveis de emprego. Uma coisa que os empresários e executivos podem fazer é incentivar os jovens empreendedores. É por isso que no ano passado, a Regus contribuiu com £20 milhões para os empréstimos do governo do Reino Unido às Start-ups. Em todo o mundo, a Regus oferece uma gama crescente de produtos e serviços flexíveis que as start-ups precisam, como salas de escritório drop-in, coworking e escritórios virtuais. Os empregadores também deveriam se esforçar para tornar as chances mais igualitárias. Por que, por exemplo, insistir na experiência de trabalho ou referências, quando você pode definir um teste específico para o trabalho? Na Regus, contratamos muitos jovens, até porque os trabalhos em vendas, atendimento ao cliente e gestão de nossos centros de negócios locais, requerem tanta (ou mais) energia e inspiração, quanto experiência. Para atrair o melhor de todas as gerações, você precisa ter senso comum e flexibilidade. Os jovens querem trabalhar em casa ou em movimento. E muitas pessoas com mais de 65 anos querem continuar a trabalhar, mas por menos horas. E não é só no Japão que as empresas estão recontratando os aposentados. Fiquei encantado ao ler no Financial Times sobre três empresas que estabeleceram um grande exemplo: a BMW redesenhou uma linha de produção para empregar o pessoal mais velho – e esta está provado ser tão produtiva quanto o resto da planta, mas com taxas de absentismo mais baixas; o McDonalds no Reino Unido descobriu que a satisfação do cliente aumentou em 20% nos restaurantes onde pessoas com mais de 60 anos estão trabalhando, e a Vita Needle, uma empresa de tubos de aço de propriedade familiar, conta com pessoal de idade média de 74 anos em tempo parcial! Para qualquer empregador sensível, a idade é irrelevante. Tudo o que importa é que você escolha as pessoas com as qualidades certas para o trabalho. Fonte: blog.regus.com.br

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